Sou feito de amor,
Sou feito de crenças
E medo ao redor.
Feito náufrago, estou
À procura de um barco
Pra salvar-me da água
Em que me encharco.
Tenho nervos de osso
E de carne também,
Verdadeira costela,
Que de Eva provêm.
Feito poeta a rimar
Um olhar e um beijo,
Sou velho conhecido
De quem nunca vejo.
Um pouco de muitos,
Quase nada de mim,
Mistura mal mexida,
Sou canhão e jasmim.
Assim desentendido,
Compreendo-me mal.
Valei-me, oh versos!
Explicai o plural.
Explicai o plural.
OBS.: Se Fernando Pessoa não fosse tão melhor e não tivesse chegado tão na frente, o poema acima se chamaria
Nenhum comentário:
Postar um comentário