Suave enlevo
Fica distante da cidade e em frente
À remansosa paz de uma enseada,
Esta dos meus romântica morada
Que olha de cheio para o sol nascente.
Árvores dão-lhe a sombra desejada
Pela calma feição de minha gente,
E ela toda se ajusta ao som dolente
Dos cânticos que o mar lhe chora à entrada.
Lá dentro o teu olhar de calmos brilhos,
Todo o meu bem e todo o meu empenho,
E a sonora alegria de meus filhos.
Outros que tenham com mais luxo o lar,
Que a mim me basta, Flor, o que aqui tenho,
Árvores, filhos, teu amor e o mar.
Soneto de MÁRIO PEDERNEIRAS
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