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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Fui promovido a escritor de quinta, quinta colocação em minha rua, mas também escrevo às quartas, terças etc.

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Bial, o brilhante; Bial, o ridículo

Terça-feira, 29 de março. Um dia triste. Perdemos Zé Alencar.

No entanto, dia de final de Big Brother. Que rufem os tambores da alienação! Que luto que nada! Bota o Jota Quest para cantar músicas “profundas”, como aquela que só diz “Na moral, na moral...”.

Pedro Bial, que poderia fazer o que quisesse, na emissora que quisesse, do jeito que quisesse, com o salário que quisesse, tenta dar lições de vida, de filosofia, de comportamento e de modernidade a partir de um desgastado Big Brother, felizmente já não tão assistido.

Pensando bem, se é para ver mulher pelada, há outras opções “melhores”. Se é para aderir à apologia dos comportamentos sexuais alternativos, prestemos atenção ao discurso do inteligente deputado federal Jean Wyllys, que pelo menos tem algo a dizer – ainda que equivocado. Se é para ouvir fofocas da vida alheia, Nelson Rubens é bem melhor. Se é para assistir ao "agarra e esfrega" de namorados e ficantes, o escurinho das ruas do bairro é mais honesto. Finalmente, para apreciar as provinhas frugais de líder, anjo, etc., Celso Portioli, Silvio Santos, Gugu, Eliana e Faustão dão de dez a zero.

O que sobrou para o Big Brother? Pedro Bial, seu bem e seu mal. Vendido ao mercado, à audiência a qualquer preço, o mocinho adere, com brilhantismo, ao seu papel de vender gato por lebre. Quer nos fazer engolir que a televisão é para nós o que a ágora era para os atenienses – lugar de filosofia, de lucubrações, de discutir e formar opinião. Meu grande homônimo, não tente dourar a pílula podre! Guarde seu ótimo vocabulário e seus esforços de persuasão acima da média para algo menos idiota.

Totalmente ridículo, xará. Alguém com a sua trajetória, com a sua cultura, com o seu talento se prestar a esse papel de conferir alguma credibilidade a esse circo de horrores, intrigas, egoísmo, traição, permissividade e ambição ao estilo “vale-tudo”... Me poupe e me perdoe a próclise! Deixe isso pro Ratinho. Volte às coberturas internacionais, às entrevistas com as grandes personalidades, ao jornalismo de alto nível. Você merece. Nós também.

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