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- Fui promovido a escritor de quinta, quinta colocação em minha rua, mas também escrevo às quartas, terças etc.
Tradução/Translation
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Ludicidade
Escrever é jogar com as palavras. Às vezes elas estão de bom humor e aparecem quando a gente quer e se encaixam onde a gente determina. Outras vezes elas brincam de esconde-esconde, o que só vem a confirmar a definição do começo deste parágrafo.
O escritor, portanto, é uma criança tentando dominar seu dominó. Nem sempre tem a pedra exigida pelo jogo, mesmo que ele, escritor, seja pouco exigente.
O melhor mesmo é ler, pois, assim, a palavra nunca deixa de se nos revelar. No máximo, está na página ao lado ou no verso da folha.
Alguém se torna escritor, suponho, por uma suposição – até certo ponto discutível – de que ainda há algo a ser escrito, seja pela beleza, pela precisão, pelo caráter inspirador, pela graça ou por se constituir esse legado num delicioso passatempo.
Uma outra teoria assevera que escrever é uma necessidade, comparável à alimentação. Mesmo se ninguém se alimentar do nosso texto. O escritor teria, assim, uma carência, uma falta, somente suprida quando, após deparar com palavras solícitas, bem-humoradas, e com outras fugidias, parte de sua obra chega ao fim – nos dois sentidos.
Pensando melhor, talvez escrever seja deixar que as palavras brinquem com a gente. Afinal, quem é que dá as cartas nesse jogo?
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