Grandes poemas que vejo
A perscrutar os humanos,
Aqui, distante do Tejo,
Igualmente longe nos anos.
Não me comparo contigo:
Sei de minha pequenês.
Mas disfarçar não consigo
Meu coração português.
Correm nestas veias cá
Sangue aí de Portugal
– E maior destino haverá
Que fazer-me teu igual?
Não tenho tua luz acesa,
Mas permita-me parceiro
Em versos cuja grandeza
Seja teu mar, ele inteiro.
Por certo, mar sem fim,
Esse logo a tua frente,
A fazer supor maior
A história de tua gente.
Não que seja pequena
A glória já quase a findar
Mas sim porque tua pena
Tornou-a de fato estelar
Valeu o esforço da escrita?
Sim, se minh’alma mantém
Um certo tamanho – e infinita
A sede do belo e do Além.
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