O tempo que me fez,
E tu nunca me deixas.
Ainda não é desta vez.
Deixa-me, Pitangui,
Voltar àquela hora
Em que sobrevivi
À minha primeira demora.
Continuei devagar
E em tuas subidas
Eu aprendi a andar
Para onde não convidas.
Teu sino inda ressoa:
Alguém chamado fora.
Mas segue a vida boa
Se foge a devoradora.
Gente, sol, poeira,
Ar caipira e cerrado.
Essa mistura mineira
Que me mantém alheado.
És na parede retrato
E dói tu seres além:
O lado mais pacato
Do que só um lado tem.
Faço-te estas linhas
Para ver se sonhado
Condão de fato tinhas:
Unir o hoje e o passado.
Se tens, sigo avante,
No ritmo outro daqui
E sou este retirante
Cada vez mais preso a ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário