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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Fui promovido a escritor de quinta, quinta colocação em minha rua, mas também escrevo às quartas, terças etc.

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

As dez regras de ouro da Reforma Ortográfica









1)
JIBOIA não tem mais acento; em contrapartida, dizem as más línguas que passará a ter veneno.

2) o TREMA, depois de grandes serviços prestados à língua e sem nenhuma explicação, foi aposentado de maneira compulsória, deixando linguiças, pinguins e cheques de cinquenta reais bastante estranhos.

3) os VOOS da Gol e da TAM perderam o acento, mas conservam a falta de espaço entre as poltronas. Os voos da American Airlines já não tinham acento e assim se mantêm.

4) as letras K, W e Y voltaram ao alfabeto, de onde, curiosamente, nunca saíram.

5) CONTRA-ATAQUE, que todo mundo falava mas ninguém escrevia, agora tem que ser falada (!!!) com hífen.

6) APAZIGUE, que só servia para derrubar neguinho em concurso público, continua tendo a mesma finalidade: quando você pensava que não tinha acento, tinha; e agora, que você pensa que tem, não tem.

7) O “AÊ... Ê-Ô...” dos hits da axé music, sempre seguidos de “sai do chão!, sai do chão!”, continuam com os mesmos acentos e a mesma inutilidade.

8) Não mudou nada na escrita de “HOJE, AGORA, SÓ AMANHÔ, a única frase de grande carga semântica na língua que tem somente advérbios.

9) Quando você tiver dúvidas atrozes sobre o emprego do HÍFEN, que é quase tão incompreensível quanto a sina do Clube Atlético Mineiro, não pergunte a um professor de Português. Ele certamente as terá também. “Abafa o caso”, como diz a Luciana Gimenez.

10) Por via das dúvidas, continue grafando o verbo PÔR com o acento diferencial. O PARA, do verbo “parar”, perdeu esse acento, por razões que a própria razão desconhece.

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